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Elizabeth Von Hartzein, vulgo, Lizzy Hartz_ parece 20, mas são 33 primaveras! Sou a milf, nerd, tatuada, dos sonhos!

Como você descobriu a arte do cosplay e o que te inspirou a começar a praticá-la?
abuso de toda e qualquer oportunidade de me caracterizar, mas essa paixão começou na minha infância. Entre os anos 90 e 2000, consumíamos muitas revistas, já que o acesso à internet era muito mais restrito. Nas revistas de anime, sempre havia fotos de cosplayers em sessões especiais, e parecia mágico poder SER a personagem que você gosta e com a qual se identifica, mesmo com pouco acesso a materiais e técnicas para isso. Eu ficava imaginando as possibilidades e sonhando em me fantasiar como essa ou aquela personagem por algumas horas. No meu aniversário de oito anos, realizei esse sonho e me vesti completamente como uma das Chiquititas.

Qual foi o seu primeiro cosplay e como foi a experiência de interpretar esse personagem?
Na verdade, quando tomei coragem para começar, em meados de 2006 ou 2007, criei um O.C. (Original Character), que é um personagem de autoria própria. Era um anjo com saia longa assimétrica, corpete, mangas largas e fitas. Foi ali que descobri a complicação de usar acessórios volumosos, como asas, em um evento cheio de gente (risos). Mas ser “o anjo” durante o evento me trouxe uma mistura de sensações: deslumbre, receio, orgulho… cada passo era um frio na barriga! Sempre gostei muito de caracterizações diferenciadas. A primeira personagem de mídia que fiz, depois de vários O.C.s, foi Miyamoto Rei, de High School of the Dead. Escolhi ela porque, além de já gostar de coisas mais sensuais, me identifiquei com a reação dela ao apocalipse zumbi. Fiz a fantasia em dupla com uma amiga cuja avó era costureira, mas no final, só conseguimos tirar fotos em casa e no shopping, pois não conseguimos ir ao evento que havíamos planejado. E as fotos ficaram super recatadas, pois foi meu ex-marido quem fotografou, e ficamos tímidas no dia! Hahaha.

Quais são os seus critérios ao escolher um personagem e como é o processo de criação e elaboração de um cosplay do início ao fim?
Gente, que pergunta boa! Bom, o primeiro item é sempre a identificação. Seja visual, de personalidade ou de enredo. A partir daí, é preciso analisar a viabilidade de tornar a ideia real: onde, como, quando e com quem usar a personagem. Para O.C., o processo é o mesmo, com a diferença de que você escolhe tudo. Na personagem de mídia, você precisa se adaptar ao jeito e aos trejeitos de uma criação alheia (risos). Em seguida, vem a busca por costureira ou traje na internet, lentes de contato, perucas, e a pesquisa sobre como fazer acessórios e estilizar a peruca. Ensaios para desfiles, apresentações e fotos são sempre bem-vindos. É preciso empenho e investimento no processo para que tudo saia bem, especialmente se você pretende desfilar ou apresentar. Eu só fiz minha primeira apresentação no fim do ano passado, como Uraraka de My Hero Academia. Sempre fui mais de usar e às vezes fazer fotos. De vez em quando, me encontrava com amigos cosplayers para passeios casuais ou reuniões privadas. O cosplay competitivo gera muita pressão para mim, e “a expectativa é mãe da frustração”. Então, faço por diversão mesmo, como a etimologia da palavra ‘cosplay’ sugere. Mas confesso que sinto falta de um grupo que compartilhe desse gosto comigo, ou mesmo de um duo. Ah! Dica: grupos de desapego cosplay valem muito a pena ;D

Qual foi o cosplay mais desafiador que você já fez e por quê?
Confesso que ainda não cheguei a esse momento. Meu maior desafio até agora tem sido interpretar o personagem e pensar em poses. Geralmente, faço visuais mais casuais ou sensuais das personagens e uso alguns desses visuais em eventos. Mas, por estar sozinha e não ter equipamentos ou costureira fixa, o potencial do que pode ser feito acaba sendo comprometido. Sempre acabo ficando na zona de conforto dos cosplays de pano, geralmente colegiais. Acredito que a primeira personagem original que fiz e muitos visuais para Zombie Walk foram os maiores desafios que enfrentei até agora, mas ainda não trabalhei com grandes acessórios mágicos ou armaduras.

Quais outras atividades relacionadas à cultura geek você participa?
Bah! Como uma grande milf tatuada, eu sempre fui muito nerd, e isso antes era condenado. Agora que virou hype, posso afirmar que AMEI DEMAIS começar a me envolver com RPG de todos os tipos, sistemas variados, em diferentes contextos e com vários mestres. Sempre assisti a muita coisa dessa cultura, pesquisava bastante e, desde criança, desenhava e escrevia sobre elementos desse universo. Tanto que agora sou aspirante a tatuadora geek e escrevo alguns contos. Por ser mulher, sempre tive pouca gente disposta a conversar sobre essas coisas, mas agora isso é meu diferencial! Quando fazia lives adultas, o que mais fazia era conversar sobre nerdices. Às vezes, passava uma hora ou mais só falando sobre esses temas antes de começar um strip! As pessoas preferiam me ouvir falar sobre essas coisas do que me ver nua… hahaha, era incrível! Misturar esse mundo com o +18 sempre foi ótimo.

Pra te conquistar precisa estar envolvido nesse universo?
Antes achava que não, mas agora tenho certeza de que sim. Claro que existem MUITOS fatores para me conquistar, mas esse é um que vale muito, afinal, “os opostos se atraem”. É muito melhor compartilhar a vida com alguém que compartilha seus gostos. É só crescimento e alegria! E vários debates que acabam na cama.

Qual a sua pegada na hora do sexo?
Depende. A química varia conforme os elementos e o ambiente. Mas, mesmo com muitas variações, geralmente minha pegada é como um bombom de pimenta: uma explosão doce, mas com uma picância alta. Começo leve, até tímida, sou envolvida, domada e dominada (ou não…). Aí você descobre se vai ser só doçura ou se vai arder. Sobre o beijo, sempre me dizem que é bom, que beijo bem. Em todas as partes…

E o que te brocha?
Gente limitada, e mais ainda, aquelas que impõem limites aos outros. Nossa, que decepção, que desgosto. Aff, só de pensar já cansei. ‘Vou-me embora’. Gente frouxa e sem verdade, sem força de vontade, sem pegada firme também… Vixe, fui!